Então, prendendo-o, o levaram e o
introduziram na casa do sumo sacerdote. Pedro seguia de longe. E, quando
acenderam fogo no meio do pátio e juntos se assentaram, Pedro tomou lugar entre
eles. Entrementes, uma criada, vendo-o assentado perto do fogo, fitando-o,
disse: Este também estava com ele. Mas Pedro negava, dizendo: Mulher, não o
conheço. Pouco depois, vendo-o outro, disse: Também tu és dos tais. Pedro,
porém, protestava: Homem, não sou. E, tendo passado cerca de uma hora, outro
afirmava, dizendo: Também este, verdadeiramente, estava com ele, porque também
é galileu. Mas Pedro insistia: Homem, não compreendo o que dizes. E logo,
estando ele ainda a falar, cantou o galo. Então, voltando-se o Senhor, fixou os
olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe dissera:
Hoje, três vezes me negarás, antes de cantar o galo. Então, Pedro, saindo dali,
chorou amargamente.
Que
a graça e a paz do eterno esteja com todos!
Gostaria
de discorrer brevemente sobre a passagem acima citada realizando um comparativo entre a verdadeira liberdade e a verdadeira prisão.
Na
passagem Bíblica usada como referência, temos Jesus preso e sendo interrogado
na casa do sacerdote Caifás, temos também, Pedro que acompanhava tudo de longe
tentando não ser identificado, temendo represarias por conta de ser um
discípulo de Cristo.
Jesus
apesar de fisicamente preso, gozava da mais intensa liberdade espiritual, pois
sabia que estava cumprindo com êxito sua missão em meio aos vivos, sua dor
física simbolizava a mais pura convicção de sua passagem para a eternidade,
como também o fim da obra de construção de um legado que iria dividir a
história em: a.C. e d.C.
Já
Pedro, apesar da liberdade física, se encontrava em um cativeiro interno, onde
o medo, as incertezas futuras, aliadas a sua falta de convicção o levaram a
esconder sua verdadeira identidade naquele momento. Pedro transitou no palco da
incerteza diante de um momento de pressão, vagou pelo vazio da insegurança, ou
seja, se deixou leva pelo medo.
Para
concluir, a liberdade física nem sempre simboliza a verdadeira liberdade, é
preciso muita atenção, pois o verdadeiro cativeiro pode estar atuando dentro do
território da emoção, minando toda uma estrutura psicológica, que por suas vez
pode gerar, doenças como: Pânico, Depressão, Ansiedade, Stress, Comodismo,
etc...
Portanto,
temos a liberdade de escolha, podemos escolher entre a liberdade em Jesus, ou o
cativeiro de Pedro...
Qual
a sua escolha?
Que Deus os abençoe!
Márcio Oliveira